quinta-feira, 22 de outubro de 2015

ADRIANO ZANOTTO, PROFISSÃO: PUBLICITÁRIO?

Estou entre os (muitos) que pensam que a candidatura de Adriano Zanotto à presidência da OAB/SC não se justifica por vários motivos.

Primeiro porque é público e notório que Zanotto deixou de advogar há muitos anos. Desde que renunciou à presidência da OAB/SC, em 2006, para se candidatar a Deputado Federal (candidatura repetida, sem sucesso, em 2010), ele foi Diretor de Engenharia da SC Parcerias, Chefe de Gabinete do ex-prefeito de Florianópolis Dário Berger e Presidente do IPREV, cargos estes incompatíveis com a advocacia, ocupados mediante nomeações.

Segundo porque ele já exerceu duas vezes a presidência da OAB/SC. Sempre fui contra a reeleição para o cargo de presidente de seccionais da OAB, pois, além de se tratar de um cargo não remunerado, que exige sacrifícios de toda ordem, inclusive financeiros, nada justifica a reiteração de um nome em detrimento de inúmeros outros advogados aptos e dispostos a representar a nossa classe.

Terceiro porque, a despeito da presunção de inocência que milita em favor de todo e qualquer cidadão, os bens de Adriano Zanotto permanecem  indisponíveis por força de decisão prolatada nos autos de ação civil pública por ato de improbidade administrativa (processo n. 0910214-59.2013.8.24.0023). Zanotto não recorreu aos tribunais superiores contra o acórdão que manteve a indisponibilidade de seus bens, prolatado por Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, o mesmo tribunal com o qual ele terá que se relacionar frequentemente caso obtenha êxito nas eleições de novembro próximo. Enxergo nesta hipótese, inicialmente, um evidente conflito de interesses. Num segundo plano, antevejo um enorme constrangimento para toda a classe, pois é muito provável que a indisponibilidade de bens em questão perdure muito além dos três anos de mandato do próximo presidente eleito.

Quarto porque a campanha empreendida por Zanotto, baseada em infundados e desrespeitosos ataques, está muito aquém do que merecem a OAB e os advogados catarinenses.

Contudo, o que parecia ser uma quinta razão para eu não votar em Adriano Zanotto não se confirmou. Recebi ontem de um colega a informação abaixo, extraída do portal de notícias Uol (veja aqui), no qual a Ocupação principal declarada por Zanotto ao se candidatar a Deputado Federal em 2006 seria Publicitário. Certamente se trata de algum engano, pois, apesar de ser público e notório que Zanotto não advoga há muitos anos, nunca se teve notícia de que ele exerça ou tenha exercido tal profissão (a de publicitário, que fique claro).



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