Fernando. 15 de março. "Sem entrar no mérito das vantagens ou desvantagens da defensoria dativa, a verdade é que a OAB/SC sempre a defendeu (pelo menos até anteontem). Por isso, seu representante habilitado para a sustentação oral - o vice-presidente Márcio Vicari - deveria SIM ter comparecido à sessão de julgamento do STF. Ao deixar de apresentar da tribuna os números e argumentos que justificam a defensoria dativa como modelo mais eficiente e muito mais barato para o Erário, o Dr. Vicari deixou fácil para os ministros da nossa Corte Suprema “dar de dedo” no Estado de Santa Catarina e achincalhar nosso modelo de atendimento jurídico aos necessitados. Para piorar, deixou que os ministros puxassem a orelha dos nossos valorosos advogados dativos, sem qualquer possibilidade de reação ou defesa. Não tenho dúvida de que faltou brio, senso de responsabilidade e espírito público aos dirigentes da OAB/SC. Talvez assim tenham agido por não atuarem como advogados dativos e por não dependerem dos honorários – aviltantes, diga-se de passagem – pagos a estes valorosos profissionais.
Se o Dr. Márcio Vicari pensou, na condição de pré-candidato à presidência da OAB/SC, que não seria bom “colar” sua imagem a uma derrota, errou profundamente. Sua imagem teria ficado muito melhor caso tivesse defendido “com unhas e dentes”, no julgamento do STF, a posição da OAB/SC. Perder faz parte da nossa profissão. Abandonar a causa, e o cliente, JAMAIS!
Os advogados não podem se portar como nossos tradicionais políticos, que desaparecem sempre que um tema não rende – ou pode fazer perder – votos. Os advogados e a OAB sempre lutaram pela democracia, pelas eleições diretas, contra os abusos da ditadura e a corrupção, sem medo de tanques de guerra, ameaças ou represálias. Hoje, infelizmente, falta-lhe CORAGEM. Ou melhor, corrigindo, falta coragem aos seus dirigentes, pois estes estão de passagem e não são – e nem podem ser – maiores que a gloriosa OAB."
Se o Dr. Márcio Vicari pensou, na condição de pré-candidato à presidência da OAB/SC, que não seria bom “colar” sua imagem a uma derrota, errou profundamente. Sua imagem teria ficado muito melhor caso tivesse defendido “com unhas e dentes”, no julgamento do STF, a posição da OAB/SC. Perder faz parte da nossa profissão. Abandonar a causa, e o cliente, JAMAIS!
Os advogados não podem se portar como nossos tradicionais políticos, que desaparecem sempre que um tema não rende – ou pode fazer perder – votos. Os advogados e a OAB sempre lutaram pela democracia, pelas eleições diretas, contra os abusos da ditadura e a corrupção, sem medo de tanques de guerra, ameaças ou represálias. Hoje, infelizmente, falta-lhe CORAGEM. Ou melhor, corrigindo, falta coragem aos seus dirigentes, pois estes estão de passagem e não são – e nem podem ser – maiores que a gloriosa OAB."
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