sábado, 7 de novembro de 2015

DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS



Antes de acontecer, o debate entre os candidatos à presidência da OAB/SC foi fortemente alardeado pelos apoiadores e pelos canais oficiais de comunicação da chapa do candidato Adriano Zanotto.

Terminado o debate, não se viu uma só palavra a respeito do assunto. As razões do silêncio parecem suficientemente óbvias.

O que chamou minha atenção foi ter visto uma ou outra voz reclamando da menção feita pelo candidato de situação ao fato de que seu oponente - Adriano Zanotto - está com seus bens indisponíveis por força de ação civil pública por ato de improbidade administrativa.

Vi o debate na íntegra e percebi que o candidato Paulo Brincas foi muito cuidadoso ao apresentar o fato, defendendo a presunção de inocência do seu adversário (inclusive prestando-lhe solidariedade), bem como a necessidade da observância dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, perguntando-lhe tão somente se não seria inoportuna a sua candidatura neste momento.

Além de não ter respondido a pergunta, Adriano Zanotto apresentou o pífio argumento de que Paulo Brincas teria se envolvido em acidente de trânsito e se evadido do local. Embora reconhecendo que nem mesmo existiu processo relacionado ao acidente, Zanotto recriminou seu adversário, acusando-o de ter se evadido do local do acidente, extraindo da sua pessoal versão dos fatos - e não dos autos de algum processo - um leviano questionamento acerca do caráter de Paulo Brincas, condenando-o sumariamente, como um juiz da Santa Inquisição, sem qualquer espécie de contraditório. 

Não vi um só dos apoiadores de Adriano Zanotto questionando esta postura. Deve ser por isso que estão juntos.

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