Vergonha! Esse é o
termo: vergonha. O sentimento que os advogados criminalistas de Santa Catarina
enfrentam no exercício de sua profissão. O relato de uma Advogada especialista
na área criminal, feito no dia de ontem a um leitor do blog é de estarrecer. Quando
pensamos que os problemas serão solucionados, aí mesmo é que eles aparecem e em
dobro, fruto, é claro, da incompetência de nossos governantes e dirigentes.
Refiro-me à situação enfrentada pelos advogados nos presídios, penitenciárias e
cadeias de todo o estado. No de São Pedro de Alcântara, por exemplo, o
parlatório fica na mesma área frequentada pelos reeducandos. Isto mesmo, os
presos, pelos mais diversos crimes, misturam-se aos advogados que estão
conversando com seus clientes. Na penitenciária de Florianópolis há a
informação de que não há parlatório e os presos são atendidos por seus
advogados numa espécie de “sala de aula”. No presídio de Biguaçu a colega
relata que o atendimento aos clientes presos tem que ser feito em pé, pelo lado
de fora da cela, enquanto os demais “companheiros” do preso atendido jogam
cartas e conversam (baixinho para não atrapalhar o colega, é claro). Some-se
ainda a informação de que ali só há uma máquina para peticionamento eletrônico,
dificultando ainda mais o trabalho dos advogados. Por fim, só para ter-se idéia
do descaso, temos o caso do “cadeião do estreito” que até então resguardava
para os advogado o atendimento na chuva (isso, mesmo!), já que não havia local
coberto para atendimento. Mas, fiquem tranquilos, segundo informações os
agentes prisionais fizeram uma “vaquinha” e conseguiram construir um
“puxadinho”para que os advogados não se molhem mais. E aí vai a pergunta feita
pela colega: “OAB, aonde está você?”.
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