Bom
dia, pessoal! Com a chuvinha do final de semana parece que sobrou um tempinho
para outras leituras, além daquelas “processuais obrigatórias”. Depois que li
(e reproduzi) aquela nota de quinta-feira, dando conta de que a nossa gloriosa
Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina vem abrindo “sindicâncias
sigilosas” contra advogados catarinenses – e ao que tudo indica, pelo menos nos
casos citados, contra advogados que discordam politicamente da atual direção – resolvi
buscar ensinamentos que aprendi e recebi quando comecei a advogar. Lembrei do
nosso juramento, li nosso código de ética, a Constituição é claro e, como não
poderia deixar de ser, voltei ao passado. Dentre as leituras encontrei alguns
textos do criminalista e advogado Evandro Lins e Silva, defensor fervoroso das
liberdades individuais e que, acima de tudo, amava a OAB. Pude verificar o quanto
conquistamos ao longo dos últimos anos e também uma fato que me chamou a
atenção: nós, advogados, sempre fomos o bom exemplo da nação. Isso mesmo. Sem
querer puxar a brasa para a minha sardinha, mas foram os advogados sim que
desbravaram os caminhos obscuros de um país tomado pela ditadura e jogaram
luzes sobre as trevas que impediam que os cidadãos pudessem sequer ter
conhecimento de seus direitos. O ciclo ainda está se completando, temos muito a
fazer. No dia 16 de maio foi publicada a nova Lei da Informação, que nada mais
é do que a regulamentação do artigo 5º da Carta Magna, que impõe ao poder
público e a todos que com ele tenham a mínima relação, o princípio de todos
devem ter acesso à informação. Parece óbvio, não? Pois, é. E agora vem uma
notícia dessas, dando conta de que sequer o acesso a cópia de um processo
movido contra si próprio o advogado não consegue perante seu órgão de classe,
aquele que o Evandro Lins e Silva (o advogado, não tem?) tanto amava e se
orgulhava....tenhamos uma boa semana!!!
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