Em nota
publicada em 31 de maio deste ano na coluna de Cacau Menezes, no jornal Diário
Catarinense, o presidente da OAB/SC – Paulo Roberto de Borba – afirmou que,
segundo pesquisa realizada pelo Ipespe, “em
Santa Catarina 68% dos
advogados pretendem votar na situação”.
A
informação apresentada por Paulo Borba é totalmente inverídica, pois, de acordo
com a pesquisa por ele citada, realizada pelo Ipespe, em Santa Catarina apenas 20% dos advogados pretendem votar na situação
nas eleições de novembro. O número verdadeiro da pesquisa pode ser confirmado
no site Migalhas (veja
aqui).
Embora
a informação prestada por Paulo Borba seja flagrantemente falsa, este não veio
a público para corrigi-la.
Como o
leitor percebe, corrigir a divulgação inverídica do resultado de uma pesquisa é
fácil. Mas é difícil, ou melhor, é impossível corrigir o resultado de uma
pesquisa feita de forma não isonômica.
Pois
bem. Quatro colegas, de três diferentes cidades do estado, ligaram a este blogueiro
para dizer que hoje receberam ligações de entrevistadoras do Instituto Mapa,
que estaria realizando pesquisa sobre as eleições da OAB/SC. Os quatro não se conhecem, mas narraram um mesmo fato.
Foi-lhes
perguntado se votariam em Márcio Vicari ou em Tullo Cavallazzi Filho. Os quatro
responderam que votariam em Tullo. As entrevistadoras perguntaram então se eles
tinham certeza em relação à opção de voto e se haveria chance de mudarem de
opinião.
Esta
não é, definitivamente, uma forma isenta de pesquisa.
Um dos
entrevistados, de Chapecó, perplexo com a esdrúxula pergunta, respondeu à
entrevistadora:
- Minha
posição só muda se eu morrer!
Como
será que tabularam o voto dele?